Por Cidinha Pascoal - Maria Edite Germano
Martins, filha do Coronel Antônio Germano da Silveira e Antônia Fernandes da
Silveira – D. Tonheira, nasceu no dia 29 de novembro de 1918, em Luís Gomes,
Rio Grande do Norte, cuja padroeira é Senhora Santana, tornando-se sua devota e
participando anualmente das celebrações do dia da Padroeira – 26 de julho.
Sua mãe – D. Tonheira - teve quatorze filhos dos
quais atingiram a vida adulta apenas quatro: Paulo, Maria Edite, Ir. Salvadora
(Sinésia) e Auta. Hoje, somente ela está entre nós, alcançando a graça de
completar 90 anos de vida, lúcida, saudável e feliz. Maria Edite teve como “mãe
de leite” a Sra. Antônia Batalha, por cuja alma ora diariamente e que também
foi babá de sua primeira filha – Sanedite.
Foi alfabetizada na Escolas Reunidas Coronel
Fernandes na segunda metade da década de 20.
Nos anos 30 foi matriculada interna do Colégio
Nossa Senhora das Vitórias em Assú, aonde veio a concluir o Curso Normal no ano
de 1940. Naquele educandário fortaleceu a sua formação cristã, através dos
ensinamentos das “Filhas do Amor Divino” e gozou da convivência das primas,
amigas internas e externas, das quais guarda boas e felizes recordações.
Aos 22 anos, em 26 de julho de 1941, casou-se com
Sandoval Martins de Paiva, cuja celebração ocorreu na cidade de Luís Gomes,
passando a residir na cidade de Assú, onde lá nasceram todos os seus seis
filhos.
A decisão pelo matrimônio foi expressa e
justificada por Sandoval Martins através de carta endereçada aos seus pais
(Celso Martins e Abigail Paiva) em 26 de junho de 1940 cujo teor continha:
“A senhorita com a qual pretendo realizar tão
sério compromisso é filha do Sr. Antonio Germano tendo por nome “MARIA EDITE
GERMANO” aliás, já conhecida pela prezada mana “Mundica”. Fui, sou e serei dela
um admirador incansável, pois a parte que observo em uma senhorita não é
exclusivamente a riqueza e beleza; com mais afinco procuro ver seu
comportamento, a sua honestidade, e enfim a sua conduta, elementos esses que
poderão dar imposição a uma senhorita que se destina tomar a responsabilidade
de um lar.”
O seu comportamento eminentemente doméstico
cumulou de lealdade e caráter a formação dos seus filhos. Na convivência com a
comunidade assuense foi madrinha de um número incontável dos filhos e filhas do
vale do Assú. Participou da vida social e religiosa da cidade do Assú, em todas
as fases de seu desenvolvimento.
Mantém dentro de sua vida familiar um hábito de
lazer e descontração de jogar gamão em companhia de familiares e quase sempre
dominando a prima Corália que torna-se adversária, mas passadas os momentos das
disputas, tudo retorna ao convívio amigo e alegre de sempre.
A primeira filha de Maria Edite chamava-se
Sanedite, nasceu no dia 04 de julho de 1942, em Assú, que vindo ao mundo com muito
carinho foi chamada à casa do PAI antes de completar 1 ano de vida. Na
seqüência vieram: José Edival, Maria Valdite, José Marival, José Sande e José
Valmar, cujos nomes trazem a fusão dos nomes de Sandoval e Maria Edite, prática
bastante aceita nas famílias nordestinas, que se imagina, seja para dar maior
firmeza à união matrimonial. Todos nascidos em Assú, com formação inicial no
Educandário Nossa Senhora das Vitórias, tendo Maria Edite participado
ativamente do encaminhamento de todos os filhos que procriou, apoiada na
presença constante, no respeito e na responsabilidade do seu marido – Sandoval.
Dessa prole (5 filhos) vieram 8 netos 8 netas, 2
bisnetos e 2 bisnetas. Certamente, Maria Edite percebe a todos e a cada um
deles como expressou sua amiga Cidinha: “Os filhos, os filhos dos filhos e logo
depois os filhos dos netos... É um rosário de sentimentos”...
Um ano após a partida de seu fiel marido para a
morada eterna, Maria Edite decidiu vir morar em Natal no ano de 1999, hoje
residindo no bairro do Tirol e participando da vida familiar e religiosa de
toda a sua família. Ela é hoje uma referência familiar dos Germano, Martins,
Paiva, Vieira e Fernandes, do Alto Oeste Potiguar, que aqui se encontram ou
estão representados.
Por isso tudo, promoveu essa reunião, orgulhosa e
infinitamente agradecida à misericórdia de DEUS, que possibilita uma existência
simples e honrada, mas totalmente dedicada a seus filhos, seus familiares e
amigos.
FONTE – BLOG SERRA DE LUÍS GOMES